Pular para o conteúdo

A química como facilitadora da economia circular

Os produtos da indústria química estão presentes em nossa rotina diária de várias maneiras. Água potável, medicamentos, papelão, produtos de papel e muitas outras coisas ao nosso redor não seriam as mesmas sem a química.
Two scientists working in a laboratory.

A Finlândia não seria capaz de operar de maneira eficiente e sustentável em muitos setores importantes sem os principais conhecimentos na área da química. A Kemira, empresa finlandesa, é líder nesse campo, fabricando produtos que melhoram os processos na indústria de celulose e papel, tratamento de água industrial e municipalidades, indústria de petróleo e gás, entre outros setores.

A Química e a Kemira também desempenham um papel significativo na remediação ambiental. Por exemplo, o Lago Littoistenjärvi foi purificado usando os produtos químicos da Kemira. Após o tratamento, sua água incrivelmente brilhante foi amplamente noticiada na mídia. No Canadá, a empresa participou da limpeza de tanques de rejeitos de operações de areias petrolíferas.

“Em nossa empresa, não houve necessidade de destacar separadamente a importância da economia circular e da sustentabilidade, pois esses temas são partes integrantes do setor químico, além de ser um requisito mínimo para as operações. A indústria química é estritamente regulamentada, e a experiência em segurança de produtos é extremamente importante em função da regulamentação”, diz Jari Rosendal, Presidente e CEO da Kemira.

A Kemira presta muita atenção para garantir que suas operações estejam seguindo as tendências globais. A empresa investe dezenas de milhões de euros anualmente no desenvolvimento de produtos sustentáveis. “Nossos produtos serão cada vez mais baseados em matérias-primas renováveis, recicláveis ou de base biológica”, explica Rosendal. A avaliação da eficiência de recursos e energia, reciclagem e outros impactos ambientais é uma parte essencial do processo de desenvolvimento de produtos da Kemira, antes de passar para a próxima fase de desenvolvimento. O objetivo é que cada novo produto seja mais sustentável que a tecnologia existente correspondente.

Nas operações industriais, a fabricação dos produtos finais desejados geralmente gera vários fluxos laterais ou resíduos que outros operadores usam como matéria-prima em suas operações.

Cerca de 80% das matérias-primas usadas em nossos coagulantes para purificar a água potável são provenientes de fontes recicladas.

“Cerca de 20% de nossas matérias-primas são subprodutos dos processos de nossos parceiros. Um bom exemplo disso é o coagulante usado para purificar a água potável. Cerca de 80% de nossas matérias-primas para coagulantes são provenientes de fontes recicladas.”

Um exemplo em larga escala da economia circular pode ser encontrado na China, onde a Kemira está abrindo sua segunda fábrica para aumentar a produção de cera AKD, que é usada no tratamento de papel e cartão.

“Sua matéria-prima é um ácido graxo de base biológica. É claro que a sustentabilidade também deve ser levada em consideração ao usar esses produtos, para garantir que a matéria-prima não seja retirada da cadeia alimentar e que seja produzida de forma sustentável”, afirma Rosendal.

“Monitoramos ativamente todos os nossos milhares de fornecedores de matérias-primas e auditamos cuidadosamente os mais críticos. Espera-se que eles atendam critérios rígidos de sustentabilidade antes que possam vender seus produtos para nós. Também temos um programa para recompensar nossos fornecedores mais sustentáveis e confiáveis.”

Susentabilidade também melhora a lucratividade

Muitos estudos mostraram que operações sustentáveis são lucrativas, principalmente a longo prazo. Para a Kemira, sustentabilidade também significa benefícios financeiros diretos.

“Fomos a segunda empresa na Finlândia a celebrar um contrato de financiamento em que os juros que pagamos pelo empréstimo diminuem assim que cumprirmos certos critérios de sustentabilidade. O valor do empréstimo é de 400 milhões de euros, o que significa que a sustentabilidade traz benefícios financeiros substanciais”, resume Rosendal.

 

Entrevista publicada originalmente em finlandês no anexo de sustentabilidade da revista Talouselämä em 7 de junho de 2019.

De volta ao topo